BRINCANDO E APRENDENDO

A criança de hoje é distinta, não só pelas mudanças sociais, econômicas e políticas ocorridas nas ultimas décadas. As necessidades são diferentes, tornando mais importante o desenvolvimento de competências e habilidades para o uso da informação disponível e o domínio das ferramentas de comunicação.

Partindo dessa nova visão de aluno do século XXI, precisamos escola e família, traçar um modelo para essa escola que emerge, sem nos afastar dos valores e dos princípios fundamentais para a formação do indivíduo.

O primeiro desafio da Educação Infantil é substituir o modelo de aulas repetitivas, conteudistas, para uma aula voltada para as necessidades de cada indivíduo. Lembrando que a inclusão é para todos, mas acontece de forma individual.

É possível conciliar a tecnologia sem perder o foco do fazer concreto.

Falar dessa mudança é falar do professor atualizado, que não se prende àquela relação tradicional da aula expositiva, pois nasce com ele não só um aluno exigente, informado, mas o seu novo papel de orientar e estruturar o que o aluno deve aprender, sem perder, porém, o conjunto de habilidades e competências necessárias para esta inclusão efetiva.

A Educação Infantil deve oferecer às crianças condições para que a aprendizagem ocorra de forma prazerosa. 

Os jogos e as brincadeiras vão estabelecer relações significativas entre seus conhecimentos e aquilo que é novo, encontrando-se em processo de construção.

É através do buscar do brincar que a criança vai construindo seus conceitos, seus modelos e suas realidades.

Para Vygotsky, quando a criança brinca sempre apresenta um comportamento além do habitual, do diário. É como se ela fosse maior do que é na realidade.

É importante ressaltar que brincar não é perda de tempo e tampouco uma forma de preenchê-lo.

Tudo na Educação Infantil converge para o saber brincar, é através desta competência que o intelecto e a sensibilidade, vão perceber esse mundo novo que nos rodeia. É no momento de brincadeira que a criança estabelece uma relação consigo e com o outro, aumentando as suas percepções e organizando, juntamente com a afetividade, os seus gestos, a noção das formas, das cores, dos sons e até do pensamento.